Você está visualizando atualmente LGPD: Saiba quais as principais mudanças na gestão de Tecnologia para se adequar.

LGPD: Saiba quais as principais mudanças na gestão de Tecnologia para se adequar.

Descubra as principais mudanças na gestão de tecnologia para se adequar à LGPD e proteger dados pessoais com eficiência e segurança!

Com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as empresas, especialmente pequenas e médias, precisam revisar suas operações tecnológicas para garantir a conformidade com as novas exigências legais. A LGPD tem como principal objetivo proteger os dados pessoais, tanto de clientes quanto de funcionários, impondo diretrizes rigorosas sobre como as empresas devem coletar, armazenar, processar e compartilhar essas informações. A adaptação à LGPD exige mudanças profundas na gestão de tecnologia, desde a implementação de novas ferramentas de segurança até a reestruturação de políticas internas. Este guia prático aborda as principais transformações que as empresas precisam realizar para atender a LGPD.

Impacto da LGPD na Gestão de Tecnologia

A LGPD afeta diretamente a forma como as empresas gerenciam dados pessoais, impondo a necessidade de transparência e segurança em todas as etapas de manipulação das informações. Isso envolve aspectos tecnológicos e organizacionais e operacionais. Pequenas e médias empresas, como no caso da persona Elaine, precisam garantir que suas práticas de TI estejam alinhadas com a legislação, reduzindo assim o risco de sanções e prejuízos financeiros.

Os principais pilares que a LGPD reforça são:

  • Consentimento explícito: As empresas devem obter a autorização clara dos titulares dos dados antes de coletar ou processar informações pessoais.
  • Direito de acesso: O titular tem o direito de saber como seus dados estão sendo utilizados.
  • Segurança de dados: Medidas para evitar vazamentos e acessos não autorizados.
  • Responsabilização e prestação de contas: A empresa deve demonstrar, sempre que solicitado, que está em conformidade com a LGPD.

Anonimização e Pseudonimização: Novas Práticas de Segurança

Uma das principais exigências da LGPD em relação à tecnologia é a anonimização e pseudonimização dos dados pessoais, práticas que visam dificultar a identificação dos titulares dos dados, mesmo que as informações sejam acessadas de forma indevida.

  • Anonimização refere-se ao processo de retirar qualquer informação que possa identificar diretamente ou indiretamente uma pessoa, tornando os dados irreversíveis.
  • Pseudonimização, por outro lado, permite a identificação por meio de um identificador específico, mas exige que ele esteja separado dos dados, com chaves de segurança robustas.

Empresas que implementam essas técnicas reduzem o risco de vazamentos e possíveis sanções, já que, se os dados vazarem, eles estarão inacessíveis sem os meios adequados para identificá-los.

Revisão de Coleta, Armazenamento e Compartilhamento de Dados

Uma adaptação crucial é a revisão completa dos processos de coleta, armazenamento e compartilhamento de dados. A LGPD exige que a empresa justifique a necessidade de armazenar cada tipo de dado pessoal e que tenha uma finalidade clara para isso.

  • Coleta: Os processos de coleta de dados devem ser revisados para garantir que as informações solicitadas sejam adequadas e relevantes para a finalidade específica da empresa. Além disso, é preciso obter o consentimento explícito do titular para usar esses dados.
  • Armazenamento: Os dados precisam ser armazenados de maneira segura, preferencialmente em servidores com mecanismos de proteção robustos, como criptografia e backups redundantes.
  • Compartilhamento: Toda vez que os dados forem compartilhados com terceiros, é necessário que as condições de uso sejam explicitamente claras, incluindo como o terceiro utilizará as informações e por quanto tempo terá acesso a elas.

Governança de Dados: Políticas Internas e Nomeação de Encarregado (DPO)

A governança de dados é fundamental para garantir o cumprimento da LGPD. Isso implica na criação de políticas internas que regulamentem o uso de dados pessoais dentro da empresa e a nomeação de um encarregado de proteção de dados, conhecido como Data Protection Officer (DPO).

O DPO será responsável por supervisionar as práticas de proteção de dados, bem como responder a qualquer solicitação de titulares e autoridades reguladoras. Essa figura é especialmente importante para pequenas e médias empresas, que podem ter equipes mais enxutas e precisam de um ponto focal que centralize as questões relacionadas à conformidade com a LGPD.

Além disso, a implementação de um programa de governança de dados eficiente garante que todos os colaboradores saibam como manusear as informações pessoais de forma segura e transparente, reduzindo riscos e aumentando a confiança dos clientes.

Treinamento de Equipes de TI e Colaboradores

Outro aspecto essencial para a conformidade com a LGPD é o treinamento das equipes de TI e dos demais colaboradores. As pessoas que lidam diretamente com dados pessoais precisam estar cientes das novas regras e práticas exigidas pela lei, bem como dos riscos associados a não conformidade.

Treinamentos periódicos garantem que a equipe esteja atualizada sobre as melhores práticas de segurança de dados, incluindo a identificação de possíveis ameaças e a correta manipulação e armazenamento de informações sensíveis.

Além disso, a conscientização dos colaboradores de outras áreas da empresa é igualmente importante, já que o vazamento de informações ou o uso indevido de dados pode ocorrer em qualquer departamento. Programas de conscientização sobre a importância da proteção de dados e as responsabilidades de cada colaborador são essenciais para garantir a conformidade com a LGPD.

Monitoramento Contínuo e Avaliação de Sistemas de Segurança

A conformidade com a LGPD não é estática; exige monitoramento contínuo e avaliações regulares dos sistemas de segurança. A tecnologia evolui rapidamente, assim como as técnicas utilizadas por invasores para acessar informações confidenciais. Por isso, as empresas precisam implementar soluções que ofereçam proteção e a capacidade de detectar e responder a incidentes em tempo real.

Softwares de monitoramento de segurança, como sistemas de gestão de consentimento e controle de acesso, são ferramentas eficazes para manter a conformidade com a LGPD. Esses sistemas permitem automatizar grande parte dos processos de controle de dados, oferecendo maior segurança e facilitando a gestão de grandes volumes de informações.

Exemplos Práticos de Implementação

Algumas pequenas e médias empresas já estão à frente na implementação das práticas exigidas pela LGPD e têm colhido resultados positivos. Um exemplo prático é a adoção de sistemas de CRM (Customer Relationship Management) que integram funcionalidades de consentimento de dados, permitindo que o cliente tenha total controle sobre suas informações.

Outro caso são empresas que adotaram a criptografia de ponta a ponta para garantir a segurança no armazenamento de dados sensíveis, como dados financeiros ou informações sobre a saúde dos clientes.

Essas mudanças aumentam a segurança e fortalecem a confiança do cliente na empresa, que passa a ser vista como um negócio responsável e transparente.

O Papel da Consultoria Jurídica na Conformidade com a LGPD

Dada a complexidade da LGPD e suas implicações tecnológicas, contar com uma consultoria jurídica especializada é uma medida fundamental para garantir que todas as adaptações necessárias sejam realizadas de forma correta e eficiente. A PH Freitas Advogados oferece suporte tanto técnico quanto jurídico, realizando auditorias detalhadas das operações tecnológicas e sugerindo as melhores soluções para cada tipo de negócio.

Além de garantir a conformidade com a lei, uma consultoria especializada ajuda a identificar oportunidades de melhoria nos processos de gestão de dados, proporcionando mais segurança e eficiência para a empresa.

Conclusão

Estar em conformidade com a LGPD é um desafio inevitável para pequenas e médias empresas que dependem da coleta e processamento de dados. No entanto, com as mudanças certas na gestão de tecnologia, como a adoção de práticas de anonimização, governança de dados, e monitoramento contínuo, as empresas podem transformar esse desafio em uma oportunidade para melhorar seus processos, ganhar a confiança de seus clientes e evitar sanções.

Contar com o apoio de consultorias especializadas, como a PH Freitas Advogados, é essencial para garantir que todas as medidas adequadas sejam implementadas, minimizando riscos e mantendo o foco no crescimento sustentável do negócio.

Gostou desse tipo de conteúdo? Assine nossa newsletter para receber mais conteúdos como esse!

Deixe um comentário